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Mostrando postagens de fevereiro, 2010

Os Reis Taumaturgos.

Resumo “Os Reis Taumaturgos: O caráter sobrenatural do poder régio, França e Inglaterra” (Marc Bloch) Os reis Taumaturgos, escrito pelo historiador Marc Bloch, se consolida a priori, como um livro de certa forma, cansativo, pois a quantidade de informações trazidas na obra são muitas; não é a toa que a obra se mostra como uma história de longa duração. Partindo da idade média até o século XVIII, Bloch traz como ponto fundamental da sua obra histórica, como Burke afirma, a crença de que os reis da França e da Inglaterra tinham um poder curativo, miraculoso de, simplesmente, com o toque de sua mão real seguido do sinal da cruz, poderiam curar as escrófulas, doença vigente na Europa neste recorte histórico, pois o rei francês e inglês em um homem sobrenatural, de uma linhagem nobre, que era abençoado por Deus e por isso surgis como um curandeiro das doenças. Neste caso, as escrófulas, denominada de o mau régio, se mostra como a doença que os reis eram os responsáveis por sua cura. Ao lon
A ESPIRITUALIDADE NA IDADE MÉDIA. Com a dissolução do sistema político Carolíngio no Reino Franco e o crescimento das instituições feudo-vassalicas, Marc Bloch denomina de “Primeira Idade feudal”. No plano religioso, essa época caracteriza-se pela influência enorme exercida pela espiritualidade monástica sob o povo cristão.pois, a Igreja Católica no período do governo Carolíngio era uma,dirigida por soberanos e bispos, com autoridade também sobre os monges e outros privilégios regidos do período,e com a queda desse Império e a evolução contínua do feudalismo, se tornou outra, caindo em profunda decadência a autoridade clerical, já sem tantos privilégios,patrimônios da igreja eram roubados pelos próprios clérigos e também por leigos, e a consequência disto foi a queda do padrão de vida levado pelos clérigos, que se reduziu quase que ao nível de um leigo comum. A crise e a evolução do novo modo de produção abalaram também os mosteiros, que muitas fezes eram regidos por Abades leigos ou

A INTERIORIZAÇÃO DA METRÓPOLE.

A INTERIORIZAÇÃO DA METRÓPOLE. DIAS, Maria Odila Leite da Silva. “A Interiorização da Metrópole e Outros Estudos”. Dimensões, organizado por Carlos Guilherme Mota ( São Paulo, Perspectiva, 1972). Maria Odila Dias, analisa o processo de independência brasileira buscando reconstruir o ideal de nação assim como objeto central da pesquisa a questão da vinda da corte portuguesa ao Brasil e os interesses desta na formação de uma Nova Corte agora instalada na colônia lusa, o Brasil. No inicio deste ensaio, Dias faz uma critica a historiografia brasileira no que se remete aos estudos do processo de independência e especialmente o processo de passagem de um regime colonial a um imperial, e isto atrelado, consequentemente, pela formação de uma unidade nacional. Segundo Dias, faltam estudos historiográficos que expliquem o processo de emancipação política brasileira, vislumbrando um caráter que discuta as revoluções contidas no Brasil como menos nacionalistas e mais interesses políticos das cap

O que é “Esclarecimento”? por Kant.

Resposta à pergunta: que é “Esclarecimento”? Imannuel Kant conceitua o esclarecimento a fim de mostrar a incapacidade da sociedade do século XVIII de se desvencilhar da tutela de outrem, pois a sociedade do período estava limitada por preconceitos que impediam a sociedade moderna tomar a consciência, ou, o esclarecimento dos fatos ocorridos no meio social do contexto, afirma Kant. De acordo com Kant, o esclarecimento se constitui como “a saída do homem de sua menoridade, da qual ele é culpado”p.63. A culpa é levada pelo homem, segundo o autor, pela incapacidade e falta de decisão humana de prestar serviço a si próprio, sem se apoiar nos conceitos do outro, que se consolida então como seu tutor. Esta inaptidão é mostrada por Kant através da covardia e preguiça, que causariam a comodidade da sociedade humana, ou o homem, de se manter como menor, dependendo sempre, assim, de alguém que mantenha a guisa de condução para tal; assim não se pratica a consciência enquanto tal para conduzir a v

América Latina: História e Presente.

ROJAS, Carlos Antônio Aguirre. “América Latina: História e Presente”. Campinas, SP, Papirus, 2004. Carlos Rojas, propõe ao longo do primeiro capitulo, denominado América Latina hoje: um olhar na longa duração, nos mostrar o contexto no qual a América esta inserida como continente, que este denomina-o como “semi-continente”, jovem e apto a receber as novas leis econômicas que por ventura poderá ocorrer, e a América no intimo da historia universal. Rojas coloca como uma de suas problemáticas o olhar a América por sua própria perspectiva, no qual a América seria interpretada a partir de suas singularidades; desta forma o autor afirma que não se deve olhar a América partindo destas visões curtas e temporais, e sim, o olhar sobre a América Latina enquanto inserida no mundo globalizado, buscando analogias partindo das perspectivas do mundo, e dos demais continentes. Rojas acredita que se faz necessário procurar pensar e olhar a América Latina atual partindo de uma tripla perspectiva de ana

A Revolução Francesa por Eric Hobsbawm.

A Era dos Extremos: o breve século XX. Hobsbawm, Eric. São Paulo, Companhia das Letras, 1995. 598p. resenhado por Vito Letízia Talvez o maior mérito do livro A era dos extremos de Hobsbawm seja transmitir uma forte impressão do tamanho da catástrofe humana que foi o século XX. Catástrofe em relação às mortandades gigantescas, sem equiparação possível com qualquer período histórico anterior. Catástrofe em relação à desvalorização do indivíduo, ao qual, durante longos momentos do século, foram negados todos os direitos humanos e civis, que haviam sido arduamente conquistados durante o ‘longo século’ precedente: 1789-1914. Aliás, a impressão de catástrofe é forte justamente porque o período histórico anterior se marcara em todas as mentes como o século que colocara a idéia do progresso como inevitabilidade, não só em termos materiais, mas também em relação ao avanço das liberdades, apesar das monarquias e das forças conservadoras, que resistiam tenazmente desde a Revolução Francesa. Hobsb