ROJAS, Carlos Antônio Aguirre. “América Latina: História e Presente”. Campinas, SP, Papirus, 2004.
Carlos Rojas, propõe ao longo do primeiro capitulo, denominado América Latina hoje: um olhar na longa duração, nos mostrar o contexto no qual a América esta inserida como continente, que este denomina-o como “semi-continente”, jovem e apto a receber as novas leis econômicas que por ventura poderá ocorrer, e a América no intimo da historia universal.
Rojas coloca como uma de suas problemáticas o olhar a América por sua própria perspectiva, no qual a América seria interpretada a partir de suas singularidades; desta forma o autor afirma que não se deve olhar a América partindo destas visões curtas e temporais, e sim, o olhar sobre a América Latina enquanto inserida no mundo globalizado, buscando analogias partindo das perspectivas do mundo, e dos demais continentes. Rojas acredita que se faz necessário procurar pensar e olhar a América Latina atual partindo de uma tripla perspectiva de analise, no qual a América seria vista como um continente globalizante, de longa duração e critico. Globalizante, explica Rojas, porque deve ser pensada como continente inserido na historia universal, o que permitiria uma aproximação entre a historia latina e universal. De longa duração, a partir da capacidade de ligar o passado latino e o presente de tal, a fim de se fazer uma conexão entre estes e explicitar o presente a partir do passado. Critico, de forma a ser um continente que tenha a capacidade de questionar os modelos sociais vigentes e mostrar, de acordo com o autor, o avesso dos processos que fundamentaram a América.
Rojas inquiri a existência de uma sociedade latina, no qual o autor afirma que a cerne da sociedade latina advém da invasão brutal e da dita evolução das civilizações européias, assim o autor se posiciona ao lado da tese de existência de uma civilização ameríndia, pois características peculiares, de longa duração, conferem a unidade e conjunção do povo latino enquanto presente no nosso continente.
O legado servil, intitulado “Legenda Negra” por Las Casas, estereotipa a sociedade latina enquanto perenemente dependente e subordinada das potencias, logo, o mundo latino não se constitui partindo de suas necessidades, e sim, partindo e atendendo as necessidades das diferentes potencias capitalistas, colocando a América com um rótulo periférico, onde esta sobrevive em função das potencias européias e EUA. A desigualdade faz parte do contexto histórico da América Latina, pois, segundo Rojas, isto ocorre devido a condição histórica da América Latina de sociedade dependente e subordinada.
Com apenas 500 anos de existência, Rojas afirma que a América é o continente mais jovem do mundo, assim, esta juventude é vantajosa, em comparação as demais civilizações, pois aqui as estruturas se constroem e são assimiladas com mais facilidade, haja vista que na América estas estruturas se mostram com força e vigor típico de uma civilização em crescimento.
A definição da América atual é difícil afirma Rojas, pois sua origem de dependente e periférica, proporcionou a mestiçagem, assim como a Europa fora um dia. Logo, para se definir a América deve-se considerar a toda sua historia enquanto civilização conquistada e forçada a receber diversas influências culturais, econômicas, entre outras. Assim, Rojas afirma que a civilização latina tem se mostrado mais receptiva, como sociedade tolerante, no que tange este aspecto de transculturação.
Os norte americanos ainda tem mostrado esta visão de uma América Latina sob o aspecto de continente periférico, no qual este buscam novas áreas de influencias e ainda mantém vigente a antiga doutrina Monroe, de “América para os americanos”, novamente na tentativa de definir o caráter periférico da América Latina. Os norte americanos, de acordo com Rojas, estão em situação delicada no que tange as suas estrutura, que se encontra em decadência, assim os Eua buscam a qualquer custo manter relações com os latino, a fim de manter viva sua hegemonia no continente.
Rojas afirma que enquanto os latino americanos se prenderem a esta política de submissão não haverá progresso algum, logo, a válvula de escape seria a diversidade comercial com os países europeus e o Japão, construir um mercado que abrangesse todos os paises latinos, a fim de agilizar as trocas internas sem depender dos americanos, e sair desta condição histórica de periferia.
Por fim Rojas discorre que não é audaciosa a afirmação de que nos 50 anos subseqüentes a América Latina terá rompido com a condição de periferia e dependência econômica, a fim de construir uma sociedade não capitalista, e sim justa e igualitária, percebe-se assim o caráter anti-sistêmico do autor, buscando afirmar que num futuro bem próximo a América Latina será o continente exemplo de sociedade marxista.
por: MAGAIVER LUIZ
Carlos Rojas, propõe ao longo do primeiro capitulo, denominado América Latina hoje: um olhar na longa duração, nos mostrar o contexto no qual a América esta inserida como continente, que este denomina-o como “semi-continente”, jovem e apto a receber as novas leis econômicas que por ventura poderá ocorrer, e a América no intimo da historia universal.
Rojas coloca como uma de suas problemáticas o olhar a América por sua própria perspectiva, no qual a América seria interpretada a partir de suas singularidades; desta forma o autor afirma que não se deve olhar a América partindo destas visões curtas e temporais, e sim, o olhar sobre a América Latina enquanto inserida no mundo globalizado, buscando analogias partindo das perspectivas do mundo, e dos demais continentes. Rojas acredita que se faz necessário procurar pensar e olhar a América Latina atual partindo de uma tripla perspectiva de analise, no qual a América seria vista como um continente globalizante, de longa duração e critico. Globalizante, explica Rojas, porque deve ser pensada como continente inserido na historia universal, o que permitiria uma aproximação entre a historia latina e universal. De longa duração, a partir da capacidade de ligar o passado latino e o presente de tal, a fim de se fazer uma conexão entre estes e explicitar o presente a partir do passado. Critico, de forma a ser um continente que tenha a capacidade de questionar os modelos sociais vigentes e mostrar, de acordo com o autor, o avesso dos processos que fundamentaram a América.
Rojas inquiri a existência de uma sociedade latina, no qual o autor afirma que a cerne da sociedade latina advém da invasão brutal e da dita evolução das civilizações européias, assim o autor se posiciona ao lado da tese de existência de uma civilização ameríndia, pois características peculiares, de longa duração, conferem a unidade e conjunção do povo latino enquanto presente no nosso continente.
O legado servil, intitulado “Legenda Negra” por Las Casas, estereotipa a sociedade latina enquanto perenemente dependente e subordinada das potencias, logo, o mundo latino não se constitui partindo de suas necessidades, e sim, partindo e atendendo as necessidades das diferentes potencias capitalistas, colocando a América com um rótulo periférico, onde esta sobrevive em função das potencias européias e EUA. A desigualdade faz parte do contexto histórico da América Latina, pois, segundo Rojas, isto ocorre devido a condição histórica da América Latina de sociedade dependente e subordinada.
Com apenas 500 anos de existência, Rojas afirma que a América é o continente mais jovem do mundo, assim, esta juventude é vantajosa, em comparação as demais civilizações, pois aqui as estruturas se constroem e são assimiladas com mais facilidade, haja vista que na América estas estruturas se mostram com força e vigor típico de uma civilização em crescimento.
A definição da América atual é difícil afirma Rojas, pois sua origem de dependente e periférica, proporcionou a mestiçagem, assim como a Europa fora um dia. Logo, para se definir a América deve-se considerar a toda sua historia enquanto civilização conquistada e forçada a receber diversas influências culturais, econômicas, entre outras. Assim, Rojas afirma que a civilização latina tem se mostrado mais receptiva, como sociedade tolerante, no que tange este aspecto de transculturação.
Os norte americanos ainda tem mostrado esta visão de uma América Latina sob o aspecto de continente periférico, no qual este buscam novas áreas de influencias e ainda mantém vigente a antiga doutrina Monroe, de “América para os americanos”, novamente na tentativa de definir o caráter periférico da América Latina. Os norte americanos, de acordo com Rojas, estão em situação delicada no que tange as suas estrutura, que se encontra em decadência, assim os Eua buscam a qualquer custo manter relações com os latino, a fim de manter viva sua hegemonia no continente.
Rojas afirma que enquanto os latino americanos se prenderem a esta política de submissão não haverá progresso algum, logo, a válvula de escape seria a diversidade comercial com os países europeus e o Japão, construir um mercado que abrangesse todos os paises latinos, a fim de agilizar as trocas internas sem depender dos americanos, e sair desta condição histórica de periferia.
Por fim Rojas discorre que não é audaciosa a afirmação de que nos 50 anos subseqüentes a América Latina terá rompido com a condição de periferia e dependência econômica, a fim de construir uma sociedade não capitalista, e sim justa e igualitária, percebe-se assim o caráter anti-sistêmico do autor, buscando afirmar que num futuro bem próximo a América Latina será o continente exemplo de sociedade marxista.
por: MAGAIVER LUIZ
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