Foto: São Malaquias |
Este é o final de uma profecia que apareceu em 1595 e que, já naquela época, devia ter uns 450 anos. Acreditava-se que ela provinha diretamente do sagrado bispo Malaquias de Armagh, morto em novembro de 1148. Séculos depois é que suas profecias apareceram, tendo sido publicadas pela primeira vez pelo monge belga Arnold Wion, na sua obra Lebensbaum (Árvore da Vida).
As profecias de São Malaquias são, na verdade, frases em latim, curtas e secas, fazendo referência a 111 papas, começando por Celestino II (1143-1144) indo até o (suposto) último papa -- Pedro, o romano. Suas profecias formam uma lista de 111 linhas, contendo dois ou três conceitos escritos em latim e que são lidos ou interpretados como máximas heráldicas. Muita gente acredita que se trata de falsificação, feita por pessoas que queriam influenciar a escolha dos papas. Falsificação ou não, há sempre muita coincidência, todas elas se confirmando ao longo do tempo.
A primeira máxima diz Ex castro Tiberis (Que veio do Castelo do Tibre). De fato, o primeiro papa da lista, Celestino II, nasceu em Titerna, um forte construído sobre o rio Tibre. O papa Adriano IV, (1154) foi designado como De rure albo (Do país albion ou de um país branco). Adriano foi conhecido como o "papa branco", por ter vindo da Inglaterra, tendo ainda servido de representante papal nos países nórdicos. Pio III foi papa por 26 dias, em 1503, e era esperado com o anunciado de De parvo homine (um homem pequeno). Coincidência ou não, o sobrenome de Pio III era Piccolomini (homem pequeno, em italiano).
Para o século XX, segundo o papa Benedito XV, era esperada a designação religio depopulata (religião despovoada). O papa Benedito assumiu o trono em 1914, no começo da I Guerra, que dizimou alguns milhões de fiéis em toda a Europa. O papa número 105 da lista está como Fides intrepida (fé intrépida), um lema que se aplicou ao papa Pio XI (1922-1939) - chamado de o papa das missões.
Seu sucessor, na lista de São Malaquias, era apontado como Pastor angelicus. Pio XII, pelo seu trabalho e pelas suas características, confirma essa designação. Igualmente João XXIII confirmou a designação de São Malaquias, com seu Pastor et nauta (pastor e navegador). João XXIII nasceu, de família de pastores, em Veneza. Como pastor do rebanho católico se saiu muito bem, tendo sido admirado inclusive por não-católicos. Paulo VI foi a Flos florum (flor das flores). Por coincidência, seu brasão ostentava uma flor de lis.
Depois de João Paulo II apenas mais dois papas o seguirão. João Paulo I foi o De medietate lune (a meia-lua). A coincidência encontrada foi o seu nome anterior: Albino Luciani (luz branca, em italiano). Outros preferem ver o curto tempo que ficou no trono: 34 dias. O atual papa, João Paulo II, na lista de São Malaquias, é o De labore solis (do trabalho do sol). Karol Wojtyla é de Cracóvia, lugar onde Copérnico estudou e confirmou que era a Terra que girava em torno do Sol. Além do mais, há uma coincidência no ano de nascimento de Wojtyla: houve um eclipse do sol. Há uma terceira coincidência: no ano em que João Paulo II assumiu o trono, o sol estava entrando num período de solionensius (1978).
Após João Paulo II virão, de acordo com a lista de São Malaquias, o Gloria olivae (glória da oliveira) e o Petrus romanus (Pedro, o romano). Há uma outra profecia, datada do século VI, feita por um monge beneditino, que diz que a Ordem dos Beneditinos conduzirá o povo católico no final dos tempos. Os beneditinos, por coincidência, são conhecidos como os "olivetanos".
Finalmente, Petrus romanus. Esse papa não será enterrado no Vaticano. Assistirá ao fim do catolicismo e verá a"cidade das sete colinas" (Roma) ser destruída. Evidente que a Igreja Católica não aceita essa profecia, como, aliás, não aceitou as verdadeiras palavras contidas no Terceiro Segredo de Fátima.
Em 1909, quando o papa Pio X dava uma audiência, sentiu-se subitamente mal. Quando voltou a si, comentou: "O que vejo é terrível. Serei eu? Será meu sucessor? O certo é que o papa sairá de Roma e, ao deixar o Vaticano, terá de caminhar sobre os cadáveres de seus sacerdotes".
Autor: IGB
FONTE: Gnose
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